terça-feira, 3 de novembro de 2009

Oficina Letras e Artes em Paquetá - Dia 31 de outubro de 2009 (cont)


Profa. Mariza Russo - preparação do material para a Oficina Letras e Artes


Leitura e pose na barca !!!!


Exposição dos cartazes (desenhos e pinturas) feitos pelas crianças participantes da oficina


Chegada em Paquetá

Poses e poses !!!

Mediação de leitura - Amanda

segunda-feira, 2 de novembro de 2009


Felipe e Maria rodeado pelas crianças - mediação na barca


Casa de Artes de Paqueta - Oficina de leitura, desenho e pintura







No dia 31 de outubro, realizamos na Casa de Artes de Paquetá o evento "LETRAS E ARTES". Além das mediações de leitura, diversas atividades como pintura, brincadeiras, jogos e desenho foram desenvolvidos. Tivemos a presença de mais de 20 crianças, além de professores e dos pais que se deliciaram com aquela tarde divertida de tão gratificante para o nosso projeto !!! Agradecemos também ao sr. José Lavrador, coordenador da Casa de Artes de Paquetá pela excelente estrutura oferecida, e à Fundação Universitária José Bonifácio pelo apoio ! Parabéns a todos...Foi um dia que ficará registrado na história do "Embarcando na leitura para a Ilha de Paquetá"!

terça-feira, 6 de outubro de 2009

Evento Lendo no Parque


Dias 24 e 31 de outubro
de 14h às 17h
no parque Darque de Mattos
e na Casa de Artes de Paquetá

Acesso à literatura diversa e
oficinas de desenho e pintura.

Participe!

Registro da Semana



A mediação desta semana foi bem agitada.

Nós entramos na barca pensando em vários problemas possíveis de ocorrer: o dia seria ruim, não haveria crianças interessadas em ler, iria chover durante a viagem, etc. e etc.Bem... O que posso dizer é que nossas expectativas foram totalmente superadas!! Havia crianças por todas as partes nos pedindo livros, não choveu e o dia foi ótimo.
Conhecemos o Felipe e sua irmã, a Carol, o Juan, o Aldo, uma moça com um enorme nome de condessa, algumas pessoas da associação de moradores de Paquetá, um grupo de senhoras que visitava a ilha e muitos outros. Muitos mesmo. Todos eles queriam saber sobre o projeto e aproveitaram, também, para dar uma olhadinha nos livros, procurando diversão e, de certa forma, a nostalgia da infância.
Além disso, conversamos com uma senhora com deficiência visual e ela nos relatou que já havia sido ouvinte de uma mediação de leitura com livro Pollyanna, de Eleanor H. Potter.Foi incrível e muito emocionante! Era um exemplo claro de como uma pessoa, mesmo com alguma limitação, pode - e deve - participar dessa interação e dessa magia entre o livro e as pessoas. Como o mediador Felipe já havia lido este mesmo livro, começaram a conversar sobre Tia Polly e sobre o jogo do contente.
Quando voltávamos na barca de 15:00h já estávamos cansados, mas as crianças não. Elas chegaram de todos os lugares pedindo livros e nós, claro, emprestamos quase todos que tínhamos.

História de Paquetá


O primeiro registro que se tem da Ilha de Paquetá é de 1555, quando André Thevet, cosmógrafo da expedição de Villegaignon, em sua missão para fundar a França Antártica, descobre Paquetá.
Esse registro é anterior à própria fundação da cidade do Rio de Janeiro. Em 18 de dezembro de 1556, o Rei da França, Henri II, reconhece as descobertas de André Thevet (que na realidade ocorreram em dezembro de 1555) e nessa data é hoje celebrado o aniversário de Paquetá.
Estácio de Sá vem ao Brasil com a missão de derrotar os franceses e colonizar as novas terras. Com a aliança dos índios Temiminós vence os franceses, aliados aos Tamoios e em 1565 funda a cidade de São Sebastião do Rio de Janeiro.
Nesse mesmo ano, e cumprindo sua missão colonizadora, a Ilha de Paquetá é doada por Estácio de Sá, sob a forma de duas sesmarias, a dois de seus companheiros de viagem. A parte norte foi doada a Inácio de Bulhões (hoje chamada bairro do Campo pelos comunitários) e a parte sul (bairro da Ponte) a Fernão Valdez.

O lado sul da Ilha teve colonização mais rápida e o lado norte se caracterizou pela formação da Fazenda São Roque, com sua extensa área agrícola e criação de gado.


É nas terras da Fazenda São Roque que é erguida, em 1697, a primeira capela da Ilha, a Capela de São Roque, o padroeiro da Ilha. Até então, a comunidade tinha que atravessar a Baía de Guanabara até Magé, para participar de seus cultos religiosos. Em 1763, foi construída a Capela original do Senhor Bom Jesus do Monte da Ilha de Paquetá (no lado sul da Ilha).

Finalmente, já com a Família Real no Brasil e o Príncipe Regente freqüentando Paquetá, um alvará especial de D. João cria a Freguesia do Senhor Bom Jesus do Monte e, em 1833, por decreto Imperial, a Ilha de Paquetá fica totalmente independente de Magé e passa a pertencer ao município da Corte.

Em 1961, o Governador do Estado da Guanabara cria o Distrito Administrativo de Paquetá e, em 1975, com a fusão dos Estados da Guanabara e Rio de Janeiro, a Ilha de Paquetá passa a pertencer à Cidade do Rio de Janeiro, constituindo sua XXI Região Administrativa.
O bairro se forma mais acentuadamente a partir do impacto cultural pela vinda frequente de D. João VI a Paquetá (a partir de 1808) e por meio do romance “A Moreninha”, de Joaquim Manuel de Macedo, apoiado, ainda, pelo funcionamento regular da linha das barcas, a partir de 1838.

Paquetá é oficialmente um bairro do município do Rio de Janeiro, vinculado à Sub-Prefeitura do Centro da cidade.Para os comunitários, o bairro está ainda dividido em dois "bairros":O Campo (nome herdado do "campo" da Fazenda São Roque), o lado norte da Ilha, voltado para o fundo da Baía de Guanabara e Serra dos Órgãos – Dedo de Deus.

A Ponte (nome adquirido da ponte de atracação das barcas), o lado sul da Ilha, voltado para o Rio de Janeiro e para a entrada da Baía.
Essa sub-divisão da Ilha é importante na cultura local e foco de rivalidade nos times de futebol, nos blocos de carnaval, nos amores etc. O bairro Paquetá é completamente atípico em relação aos outros bairros da cidade:É uma ilha e o transporte regular para se chegar até ela é a barca;
Não é permitida a circulação de carros particulares, e os meios de transporte dos moradores e visitantes são as charretes, bicicletas, trenzinho turístico, barcos, canoas e, atualmente, o popular Eco-táxi;
As ruas não são asfaltadas, tendo cobertura de saibro preservando seu aspecto bucólico original;O local é tranqüilo e considerado seguro;

As mercadorias chegam pelas barcas de passageiros ou em uma barcaça para transporte de veículos, que parte da Ilha do Governador, permitindo que os carros de entrega façam a distribuição de mercadorias na Ilha e voltem no mesmo dia na barcaça.

A Ilha já era denominada como Paquetá quando os portugueses e franceses aqui chegaram. O estudo etimológico do nome sempre gerou polêmicas e várias possibilidades: muitas conchas ou área com muitas pedras ou, ainda, muitas pacas. Esta última interpretação é hoje a mais aceita, corroborada pela publicação dos escritos de André Thevet, que narra a abundância na Ilha do animal Pacarana, parente próximo da Paca.